Primeiro
dia: 22/11/2012 (Quinta)
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14h
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Credenciamento
Plenária
Inicial
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ICC SUL - CALET
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16h
-17h50
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Minicurso
\ oficinas
“VESTINDO A CAMISA SE VIRA O JOGO, MAS SE BOBEAR O BICHO PEGA” ( Fraseologia)
Profa.
Dra. Maria Luisa Ortiz Alvarez
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NUREH – BSS 235
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18h30
– 20h
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Conferência
de Abertura
CURSO DE LETRAS: PRA QUÊ? Professor Marcos Araujo Bagno |
ANF 07
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20h-
22h
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Concurso
Literário
Lançamento
de livros
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ICC SUL - CALET
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22h
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Happy
Hour
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ICC
SUL – CALET
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Segundo
Dia: 23/11/2012 (Sexta)
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9h
-12h
9h30
- 12h
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Língua, Cultura e Educação de Surdos
Saulo
Machado, Ramon Motta e Wesley F. Carvalho
Introdução aos Estudos Pragmáticos
Sabrina
Lima de Souza Cerqueira
Competência
Comunicativa
Virgílio
Almeida
Oficina de Artesanato Danielle Guedes Silva |
Auditório da BCE ( Biblioteca)
NUREH – BSS 235
CSS – 117
CSS - 117
|
12h-14h
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Almoço
(Feira de Troca/livros)
|
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14h-15h50
14h
- 15h50
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Mesas
redondas
O
excluído na literatura, representação do marginalizado
Anderson da Mata e
Alexandre Pilati
Ensino
de gramática
1
Eloisa Pilati, Stella Maris Bortoni Ricardo e Helena Guerra
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ANF 07
ANF 06
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16h-18h
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Porque
estudamos Letras?
Integrantes: Nena Medeiros, Pedro Batista, João Ferreira, Nícolas Behr y Raúl Larrosa Pesquisa com línguas indígenas e coleta de dados em campo Marina Maria Silva Magalhães e Walkíria Neiva Praça |
ANF 07
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18h
-19h
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Livre
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19h-
20h30
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Conferência
As Línguas indígenas brasileiras: um referencial fundamental para os cursos de Letras do Brasil. Professora Ana Suely Cabral |
ANF 07
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20h30
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Sarau
Cultural
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Entrada
da Ala Sul
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Terceiro
Dia: 24/11/2012 (Sábado)
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8h30
-10h30
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Comunicações
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CSS - 117
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10h40-
12h
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GDs
"O novo PNE: Mais uma macro-política neoliberal para educação ou rumo à uma educação privatizada voltada para o mercado" Luciano Lira A Reorganização do Movimento Estudantil de Letras Lucas Barbosa e Isabela Aysha |
CSS -117
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12h
-14h
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Almoço
e amostra de livros
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CSS - 117
|
14h
-16h
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Mesa
redonda
Estudos da tradução do Brasil
Válmi Hatje-Faggion Helena Santiago
Mesa Política – O papel da juventude nas
revoluções pelo mundo atual
Lucas Barbosa
Mudanças na gramática do Português brasileiro: estruturas inovadoras na língua Professora Heloísa Maria Moreira Lima de Almeida Salles |
CSS - 117
|
16h10 -18h |
Conferência
de Encerramento
110 anos de Carlos Drummond de Andrade e 100 de
Jorge Amado: Estudos literários
Edvaldo Bergamo e Alexandre Pilati
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CSS - 117
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18h – 19h |
Plenária
Final e entrega de certificados
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ICC SUL - CALET
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segunda-feira, 19 de novembro de 2012
domingo, 18 de novembro de 2012
Confiram os minicursos do EBREL
Vejam os minicursos do EBREL!
“VESTINDO A CAMISA SE
VIRA O JOGO, MAS SE BOBEAR O BICHO PEGA” (Fraseologia)
Professor responsável:
Profa. Dra. Maria Luisa Ortiz Alvarez
Língua, Cultura e
Educação de Surdos
Saulo Machado, Ramon
Motta e Wesley Carvalho
Introdução aos
Estudos Pragmáticos
Sabrina Lima de Souza
Cerqueira
Oficina de Artesanato
Responsável: Danielle
Guedes Silva
Competência
Comunicativa
Professor responsável:
Virgílio Almeida
Conferência: CURSO DE LETRAS: PRA QUÊ?
Conferência no Encontro Brasiliense de Estudantes de Letras
CURSO DE LETRAS: PRA QUÊ?
Prof. Marcos Bagno
O curso de Letras nas universidades brasileiras constituem um anacronismo acadêmico que precisa ser reconhecido para ser eliminado. A própria denominação "Letras" remete a um ideal purista e beletrista do início do século 19, muito anterior ao surgimento da linguística moderna e das teorias literárias. Outro grave problema desse curso é que ele tenta, em vão, cumprir duas tarefas: formar professores de língua materna e/ou estrangeira e formar pesquisadores das áreas da linguagem. Não é possível fazer essas duas coisas. Em muitos países, como a Argentina, os professores se formam em instituições próprias para isso, enquanto os cursos universitários se concentram na produção científica na área da língua e da literatura. Enquanto esse quadro gravíssimo não for resolvido, a educação linguística brasileira continuará sendo uma das piores do mundo.
Mini-curso Introdução aos Estudos Pragmáticos
Introdução aos Estudos Pragmáticos
Sabrina Lima de Souza Cerqueira (LET/IL/UnB)
isso, saber o que é pragmática e como ela influencia nossas vidas é de fundamental
importância para profissionais que vão ensinar uma LE ou traduzir.
Nesse curso, pretende-se abordar os seguintes temas: (i) semântica e pragmática:
definição e delimitações; (ii) a importância dos estudos pragmáticos; (iii) os precursores
dos estudos pragmáticos; (iv) os atos de fala; (v) o princípio cooperativo; (vi)
pressuposição e implicatura; (vii) as teorias da polidez.
Dia: Sexta 24/11
Local: Nureh Multimídia - ICC Sul Sala Bss 235 (Subssolo)
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Minicurso VESTINDO A CAMISA SE VIRA O JOGO, MAS SE BOBEAR O BICHO PEGA”
VESTINDO A CAMISA SE VIRA O JOGO, MAS SE BOBEAR O BICHO
PEGA”
Professor responsável: Profa. Dra. Maria Luisa Ortiz Alvarez
Como se entendem entre si os indivíduos quando não compartilham uma experiência cultural comum? Para diminuir os obstáculos da comunicação intercultural (semelhanças, diferenças linguísticas, mal-entendidos não verbais, estereótipos,preconceitos, tendências a julgamentos precipitados, poder, etc.) é preciso desenvolver a competência intercultural. Com a valorização do papel coadjuvante da cultura para o desenvolvimento da competência intercultural e comunicativa o estudo das unidades fraseológicas se torna imprescindível no ensino de línguas estrangeiras. As expressões idiomáticas (EIs), por exemplo, descrevem, pelas imagens que sugerem, o mundo real, os lugares, as experiências quotidianas, os sentires, mantêm intacto o colorido de um povo e constituem uma voz rica de sabedoria que soube imprimir na linguagem a sua identidade. Conhecê-las implica conhecer o povo, a cultura que lhes deu vida, estabelecer entre elas e os homens relações, conhecer mais profundamente a língua e as múltiplas formas de expressividade. Queremos focalizar neste minicurso as unidades fraseológicas desde uma perspectiva de inclusão delas no ensino de Português para hispanofalantes e do Espanhol para brasileiros. Para poder atingir tal objetivo trazemos a noção de cultura e a sua relação com a língua para situá-las dentro desse marco e mostrar que elas poderiam servir como ponte para a comunicação intercultural.
Apresentamos também uma proposta de atividades para a sua aprendizagem na sala de aula de Português e Espanhol como LE.
Quinta: 22/11 às 14 h
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Conferência de Abertura
Conferencia de Abertura: Marcos Araújo Bagno
Tem graduação em Letras (Bacharelado em Língua Portuguesa) pela Universidade Federal de Pernambuco (1991), mestrado em Linguística pela Universidade Federal de Pernambuco (1995) e doutorado em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (2000). É professor-adjunto do departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução da Universidade de Brasília (UnB), atuando na área de Tradução Francês/Português. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Tradução, Sociolinguística e ensino, atuando principalmente nos seguintes temas: prática de tradução francês/português, ensino de português, sociologia da linguagem, antropologia linguística, literatura infantil, gramática tradicional e português brasileiro.
Dia: Quinta 22 de novembro
Hora: 18 horas
Local: Auditório do Instituto de Letras - Campus Darcy Ribeiro - ICC Sul
Dia: Quinta 22 de novembro
Hora: 18 horas
Local: Auditório do Instituto de Letras - Campus Darcy Ribeiro - ICC Sul
Prorrogado o prazo para Submissão de Trabalho
Prorrogado o prazo para Submissão de Trabalho prorrogado até dia 15 de novembro!
Não perca a oportunidade de divulgar e compartilhar seus conhecimentos.
As modalidades são comunicações, oficinas ou mini-cursos, e apresentação de pôsteres.
Confira o edital no link:
http://ebrel2012.blogspot.com.br/p/submissao-de-trabalhos.html
Não perca a oportunidade de divulgar e compartilhar seus conhecimentos.
As modalidades são comunicações, oficinas ou mini-cursos, e apresentação de pôsteres.
Confira o edital no link:
http://ebrel2012.blogspot.com.br/p/submissao-de-trabalhos.html
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Concurso Literário
Concurso Literário
Você que tem poesias e contos inéditos, participe de nosso concurso literário, veja o edital no link abaixo.
http://ebrel2012.blogspot.com.br/p/editaldo-concurso-de-contos-e-poesias.html
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Submissão de trabalhos
A Comissão Científica do VII Encontro Brasiliense de Estudantes de Letras declara como aberto o período para submissão de trabalhos a serem apresentados no referido evento, nas datas de 22, 23 e 24 de novembro de 2012.
Ao se pensar na organização dos trabalhos em suas respectivas áreas, considerar-se-ão as grandes áreas “Educação”, “Lingüística” e “Literatura”.
. O período para envio de trabalhos terá início às 0h de 27 de Setembro a 03 de Novembro de 2012, às 23h59.
MAIORES INFORMAÇÕES
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Inscrições abertas para monitoria
Convidamos os alunos da Universidade de Brasília (UnB) para participarem do Encontro
Brasiliense dos Estudantes de Letras- EBREL, que ocorrerá dos dias 22 a 24 de novembro
na Universidade de Brasília (UnB). Quem tiver interesse em se candidatar às vagas para monitor estão abertas. A função do monitor é auxiliar nas realizações das mesas- redondas e em perguntas sobre o
evento.
O Monitor será contemplado com um certificado de participação do evento. É crucial que todos os monitores tenham adquirido a camiseta do evento para nível de
organização, enviaremos o valor da camiseta via e-mail para os interessados.
Os interessados deverão nos enviar por e-mail (2012ebrel@gmail.com) os seguintes dados: 1. Nome completo: 2. E-mail: 3. Habilitação e o Semestre:
4. Matrícula:
5. Disponibilidade:
( ) Manhã
( ) Tarde
( ) Noite
( ) Variável
Obs: Coloque no assunto: MONITORIA
Agradecemos sua atenção!
Att,
Bruna Chacon
Claudia Adriana
Brasiliense dos Estudantes de Letras- EBREL, que ocorrerá dos dias 22 a 24 de novembro
na Universidade de Brasília (UnB). Quem tiver interesse em se candidatar às vagas para monitor estão abertas. A função do monitor é auxiliar nas realizações das mesas- redondas e em perguntas sobre o
evento.
O Monitor será contemplado com um certificado de participação do evento. É crucial que todos os monitores tenham adquirido a camiseta do evento para nível de
organização, enviaremos o valor da camiseta via e-mail para os interessados.
Os interessados deverão nos enviar por e-mail (2012ebrel@gmail.com) os seguintes dados: 1. Nome completo: 2. E-mail: 3. Habilitação e o Semestre:
4. Matrícula:
5. Disponibilidade:
( ) Manhã
( ) Tarde
( ) Noite
( ) Variável
Obs: Coloque no assunto: MONITORIA
Agradecemos sua atenção!
Att,
Bruna Chacon
Claudia Adriana
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Divulgação
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FACEBOOK
- Evento:
https://www.facebook.com/events/550612421619302/permalink/550612424952635/?notif_t=like
Divulgue você também!
- Evento:
https://www.facebook.com/events/550612421619302/permalink/550612424952635/?notif_t=like
Divulgue você também!
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
POR QUE FAZEMOS ENCONTROS?
POR QUE FAZEMOS ENCONTROS?
Em 1979, ocorreu em Salvador o primeiro ENEL (Encontro Nacional dos Estudantes de Letras). Passaram-se dez anos e depois vinte anos. O encontro rodou o país e passou por diversas universidades e regiões brasileiras. Organizamos encontros regionais e estaduais e hoje, passado um histórico mais de 30 anos de encontros, é preciso se perguntar: Afinal de contas... por que ainda organizamos encontros?
Para se entender quais os principais objetivos de um encontro estudantil para o MEL (Movimento Estudantil de Letras), é preciso antes compreender o modelo de educação superior nacional, fazendo um breve resgate histórico até a atual conjuntura.
As primeiras instituições de ensino superior (IES) do Brasil atendiam exclusivamente as demandas das elites colonialistas, ofertando formação de médicos e legisladores para garantir a sobrevivência e manutenção da estrutura econômica no país. Atendendo a necessidade das elites brasileiras, inicia-se a abertura de formação de novas profissões.
O ensino público básico, por ser restrito para filhos das elites brasileiras, tinha até então qualidade, mas, com o processo de modernização conservadora e com a necessidade de atender as novas exigências do mercado, torna-se preciso democratizar o ensino público e, ao mesmo tempo, reduzir sua qualidade. Desse modo, os filhos dos trabalhadores começavam a receber educação pública básica sem qualidade, enquanto os filhos da elite brasileira recebiam educação pública superior de qualidade, mantendo assim uma estrutura social desigual.
Não muito diferente desse breve relato histórico da educação no Brasil, observamos como o mesmo método é mantido, com imposição de um disfarçado sistema neoliberal na educação. Nesse processo de Reforma Universitária, surge o REUNI, PROUNI, UNIVERSIDADE NOVA, ENADE/SINAES e a universidade deixa, definitivamente, de ser o espaço para produção e disseminação do conhecimento para se tornar o espaço da produção de mercado de trabalho e reserva de mercado.
Diversas imposições, em questões curriculares, surgiram nesse processo, inclusive de origens e com objetivos distintos, tais como: as DCN’s (Diretrizes Curriculares Nacionais), os PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais), o ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). A reforma curricular para os cursos superiores, principalmente os de Letras, evidencia a necessidade de se mudar, em muitos aspectos, o sistema educacional brasileiro, adequando as novas demandas mercadológicas. Não se deve apenas ensinar gramática ou redação, é preciso trabalhar com gêneros textuais, formando construtores e interpretadores de textos que tenham capacidade de se comunicar minimamente. O filho do trabalhador não deve aprender somente a assinar seu nome (como foi no tempo do MOBRAL), mas aprender minimamente a usar textos comunicativos, para que assim possa desempenhar sua função de trabalhador na sociedade. Essa mudança não acontece por uma luta da classe trabalhadora em busca de educação de qualidade, mas pela necessidade da nação em adequar a classe trabalhadora a um sistema de modernização neoliberal no país. Nesse processo, observa-se que a formação do professor atende cada vez mais as necessidades do mercado e este profissional, recém formado, não se identifica enquanto classe trabalhadora, tentando mudar ou formar estudantes que mudem essa atual estrutura social opressora.
Independente de uma conjuntura em que o ensino superior não atende a classe trabalhadora, atendendo as demandas do capitalismo, o MEL deve usar de seus espaços para mostrar ao estudante de Letras que ele faz parte da classe trabalhadora, que pode militar, ativamente e com compromisso, para mudar a situação social e não devem ser conformados com as diversas formas de opressões sociais que existem em nosso país.
Todo o espaço de atuação do MEL (encontros, atividades de recepção aos calouros, semanas de letras, seminários e outros espaços) é instrumento uma formação que atenda as necessidades de classe trabalhadora. Não haverá possibilidade de mudança social e emancipação humana se não houver pela luta de classes.
A educação superior não deve atender as demandas de um modelo de sociedade neoliberal e nem deve ter seu currículo determinado pelo Banco mundial. A educação pública superior deve propiciar o conhecimento científico e atender as demandas do povo brasileiro, possibilitando com que a sociedade tenha possibilidade de usar um espaço público e que a universidade atenda, entenda e aprenda com as demandas da classe trabalhadora, desenvolvendo assim uma sociedade mais justa e menos desigual.
São trinta anos organizando encontros. Muitas vezes não cumprimos com o objetivo básico do encontro. É preciso formar essa consciência formadora para todos os encontros (estaduais, regionais e nacionais) e para todos os participantes. Além disso, a ExNEL não pode ser vista como uma entidade que só organiza encontros – precisamos de um novo rótulo: a entidade que faz lutas nacionais pelo modelo de educação de qualidade, pública, gratuita, popular e socialmente referenciada. 30 anos de história e muitos anos futuros de luta.
Para se entender quais os principais objetivos de um encontro estudantil para o MEL (Movimento Estudantil de Letras), é preciso antes compreender o modelo de educação superior nacional, fazendo um breve resgate histórico até a atual conjuntura.
As primeiras instituições de ensino superior (IES) do Brasil atendiam exclusivamente as demandas das elites colonialistas, ofertando formação de médicos e legisladores para garantir a sobrevivência e manutenção da estrutura econômica no país. Atendendo a necessidade das elites brasileiras, inicia-se a abertura de formação de novas profissões.
O ensino público básico, por ser restrito para filhos das elites brasileiras, tinha até então qualidade, mas, com o processo de modernização conservadora e com a necessidade de atender as novas exigências do mercado, torna-se preciso democratizar o ensino público e, ao mesmo tempo, reduzir sua qualidade. Desse modo, os filhos dos trabalhadores começavam a receber educação pública básica sem qualidade, enquanto os filhos da elite brasileira recebiam educação pública superior de qualidade, mantendo assim uma estrutura social desigual.
Não muito diferente desse breve relato histórico da educação no Brasil, observamos como o mesmo método é mantido, com imposição de um disfarçado sistema neoliberal na educação. Nesse processo de Reforma Universitária, surge o REUNI, PROUNI, UNIVERSIDADE NOVA, ENADE/SINAES e a universidade deixa, definitivamente, de ser o espaço para produção e disseminação do conhecimento para se tornar o espaço da produção de mercado de trabalho e reserva de mercado.
Diversas imposições, em questões curriculares, surgiram nesse processo, inclusive de origens e com objetivos distintos, tais como: as DCN’s (Diretrizes Curriculares Nacionais), os PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais), o ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). A reforma curricular para os cursos superiores, principalmente os de Letras, evidencia a necessidade de se mudar, em muitos aspectos, o sistema educacional brasileiro, adequando as novas demandas mercadológicas. Não se deve apenas ensinar gramática ou redação, é preciso trabalhar com gêneros textuais, formando construtores e interpretadores de textos que tenham capacidade de se comunicar minimamente. O filho do trabalhador não deve aprender somente a assinar seu nome (como foi no tempo do MOBRAL), mas aprender minimamente a usar textos comunicativos, para que assim possa desempenhar sua função de trabalhador na sociedade. Essa mudança não acontece por uma luta da classe trabalhadora em busca de educação de qualidade, mas pela necessidade da nação em adequar a classe trabalhadora a um sistema de modernização neoliberal no país. Nesse processo, observa-se que a formação do professor atende cada vez mais as necessidades do mercado e este profissional, recém formado, não se identifica enquanto classe trabalhadora, tentando mudar ou formar estudantes que mudem essa atual estrutura social opressora.
Independente de uma conjuntura em que o ensino superior não atende a classe trabalhadora, atendendo as demandas do capitalismo, o MEL deve usar de seus espaços para mostrar ao estudante de Letras que ele faz parte da classe trabalhadora, que pode militar, ativamente e com compromisso, para mudar a situação social e não devem ser conformados com as diversas formas de opressões sociais que existem em nosso país.
Todo o espaço de atuação do MEL (encontros, atividades de recepção aos calouros, semanas de letras, seminários e outros espaços) é instrumento uma formação que atenda as necessidades de classe trabalhadora. Não haverá possibilidade de mudança social e emancipação humana se não houver pela luta de classes.
A educação superior não deve atender as demandas de um modelo de sociedade neoliberal e nem deve ter seu currículo determinado pelo Banco mundial. A educação pública superior deve propiciar o conhecimento científico e atender as demandas do povo brasileiro, possibilitando com que a sociedade tenha possibilidade de usar um espaço público e que a universidade atenda, entenda e aprenda com as demandas da classe trabalhadora, desenvolvendo assim uma sociedade mais justa e menos desigual.
São trinta anos organizando encontros. Muitas vezes não cumprimos com o objetivo básico do encontro. É preciso formar essa consciência formadora para todos os encontros (estaduais, regionais e nacionais) e para todos os participantes. Além disso, a ExNEL não pode ser vista como uma entidade que só organiza encontros – precisamos de um novo rótulo: a entidade que faz lutas nacionais pelo modelo de educação de qualidade, pública, gratuita, popular e socialmente referenciada. 30 anos de história e muitos anos futuros de luta.
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